A observação dos fenômenos constitui-se como o núcleo de todo o procedimento
científico. Significa o critério fundamental do conhecimento, na primeira condição do
desenvolvimento do saber no campo das ciências sociais. Mas, apesar de a observação
apresentar-se há muito tempo na história da ciência, somente foi objeto de metodologias mais
avançadas séculos depois.
Essa técnica também pode ser denominada como observação participante, observação
direta ou observação in situ. Está situada ao lado de outras técnicas, como entrevistas, relatos de
vida e pesquisa documental. Significa a “a atividade de um pesquisador que observa
pessoalmente e de maneira prolongada situações e comportamentos pelos quais se interessa,
sem reduzir-se a conhecê-los somente por meio das categorias utilizadas por aqueles que vivem
essas situações” (JACCOUD & MEYER, 2008, p. 255). Suas principais características são:
técnica direta; observação não-dirigida; análise qualitativa; situa não fatos constituídos, mas
“ações coletivas e processos sociais que podem ser em parte apreendidos por meio de interações
diretas, cuja significação não é determinada previamente” (JACCOUD & MEYER, 2008, p.
255).
No campo das pesquisas qualitativas, a observação objetiva entender os fenômenos, por
parte do pesquisador, e descrevê-los. Esses fenômenos podem ser eventos, ou interações
sociais, por exemplo. Em suma, a observação é uma técnica de dados importante na pesquisa
qualitativa, pois auxilia o pesquisador na compreensão dos fenômenos sociais
Q
Referência
JACCOUD, M.; MEYER, R. A observação direta e a pesquisa qualitativa. In: POUPART, Jean et
al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, RJ: Editora
Vozes, 2008. p. 254-294.