Reunião de 12 de julho de 2017

Notícias

Os membros do grupo submeteram dois artigos ao evento acadêmico EnANPAD e foram aprovados:

  • Ensino de ética no Campo da Administração Pública, de Mauricio, Marcelo, Silvia e Martha.
  • O Estudo da Phronêsis nas Organizações: Uma Revisão Sistemática, de Clara, Mauricio e Marcelo.

Foi discutida e incentivada a ideia de buscar publicar artigos em revistas internacionais A1/A2.

Discussão do texto “A razão” – Parte II

Referência: Marias, J. Introdução à Filosofia. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1995. Capítulo 5: A Razão.

Continuamos a refletir sobre o texto “A Razão” e concluímos o debate sobre ele. Os tópicos abordados hoje foram:

  • Este livro aborda a filosofia de maneira mais autêntica do que se costuma encontrar na academia atualmente. O livro ‘Introdução à Filosofia’ de Jacques Maritain, que costuma ser utilizado no Ensino Médio brasileiro, trata do materialismo e idealismo dentro da cosmovisão da filosofia clássica, similar à de Marías.
  • A filosofia moderna não conversa com a escolástica; ela não integrou o conhecimento grego e medieval, isto é, não houve uma superação, como a escolástica tentou fazer, somando a filosofia cristã e a grega.
  • O conceito de experiência é mais abrangente do que a experiência sensível. Ele se refere à experiência de vida, a algo que acontece no cotidiano, e não fica restrito ao mundo das ideias. A experiência tem seu lugar na realidade: “tudo aquilo que encontro e tal como encontro”. É, em resumo, aquilo que se capta pelo senso comum, aquilo que vemos.
  • A realidade passada e a realidade possível (horizontes de possibilidades): relação com teoria P e teoria N de Guerreiro Ramos.
  • Agostinho e a ideia de “eu”: experiência biográfica, de vida.
  • Descartes filosofa a partir de uma abstração que não tem origem na própria vida, no próprio “eu”: negação de sua vida.
  • Viver uma ilusão equivale a viver como um animal, isto é, reagir a estímulos do ambiente; isso remete ao behaviorismo, à síndrome comportamentalista e a Guerreiro Ramos.
  • Definição de razão: apreender a realidade, compreender a realidade e inserir-se na realidade, considerando realidade como aquilo que vemos.
  • Deve-se considerar o nexo ou vínculo entre a realidade como contexto, bem como a posse de si mesmo (estar em si) e da realidade (daquilo que é compreendido).
  • Compreender significar “pegar”, agarrar com a mente (apreender).
  • Verdade, razão e método: razão como instrumento da verdade.
  • A razão é o modo de viver a vida que a pessoa pretende viver, é o modo de se conectar com a realidade.
  • Estar lúcido, portanto, equivale a ter um projeto de vida claro.
  • A razão lúcida/plena, no contexto da racionalidade substantiva e racionalidade instrumental.
  • Conceito é um caminho de apreender a realidade.
  • “A razão é a vida humana”.
  • Pluralidade da razão.
  • O homem necessita ser racional, ou seja, encontrar sua essência; o homem pode ser racional.
  • Noos é a posse mental da realidade.
  • logos significa juntar partes da realidade para fazer sentido: dar a razão (logos) daquilo que se vê (noos).
  • A visão noética é a plenitude no logos.
  • A dialética representa o movimento do Só se pode apreender através do diálogo.
  • Para tomarmos uma decisão moral, é necessária memória e imaginação.
  • Lembremo-nos dos termos latinos: mens, intellectus e Buscar a razão significa viver plenamente a partir dessas três dimensões.
  • Discussão sobre crença.
  • A ideia de razão é ocidental e está relacionada a ordenação, harmonia.
  • O temo “funcional” é filosófico. Ele adquire significado quando circunstanciado, ou seja, quando observado nas circunstâncias da vida.
  • A razão substancial transcende a realidade circunstancial e busca significação.
  • Ser histórico não significa que não há algo que perdure ao longo do tempo (o momento presente é o mesmo que eternidade, que “viver o presente”).
  • Apesar do percurso da História, a razão não se modificou.
  • Os passos da razão vital (método) permitem fazer uma associação à atitude parentética (método para a atitude parentética e fenomenológica).
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